18 de dezembro de 2007

Um dia com farfalle



São 14h, estou esperando meu almoço com o estomago colado na boca. Acabei de descobrir mais dois restaurantes próximos de onde já almoço. Um dos grandes baratos de estar trabalhando na rua é também escolher onde e o que comer. Ops! Chegou.
Resolvi degustar uma massa, apesar de não ser um dos meus pratos prediletos.
Quis variar comendo exatamente algo que não gosto tanto, afinal, no dia-a-dia é quase isso que acontece, não é? Aqui, ao menos, pude escolher um bom restaurante para fazê-lo. Estou criando uma oportunidade para, quem sabe, futuramente , ser uma boa gourmet de massas, vamos ao farfalle, então.
Nossa! Maravilhoso. Se pudéssemos escolher o rumo dos nossos pratos, quer dizer, vidas , como pude escolher com atum, ricota, passas, ervilhas, pimenta calabresa, catupiry, tomates, queijo parmesão... O mundo estaria enlouquecido com tantas preferências.
Nunca me senti tão acompanhada. Para quem almoça sempre só (ninguém merece), hoje “lavei a burra”.
Comi mais do que o habitual, era fome mesmo. O garçom perguntou: “sobremesa?” Respondi: “obrigada, só logo mais à noite”.
Comida no fundo, pé no mundo. Saí para fazer a digestão, o sono parece querer me acompanhar, conhecendo bem o corpo que ali existe, resolveu desistir. Tem boquinha, não!
Observo que uma das coisas as quais mais acontece no trânsito é gente que pára no sinal colocando o dedo no final do canal respiratório, o nariz. É incrível! Parece terapia de semáforo. É gente adoidado fazendo bolinha de meleca. Não era bem o final que gostaria de dar ao texto, mas não deixa de ser uma forma de pensar no que acontece na vida.

Observe. A vida é curta. Curta!

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