10 de dezembro de 2007

Rapadura é doce, mas não é mole.


Hoje não fabrico o cotidiano com minhas ações, há um mês o cotidiano invade meus dias como uma flecha que atravessa o ar buscando seu alvo. Crianças, homens e mulheres de todas as idades e classes sociais, multipaisagens servem de cenário. Um verdadeiro espetáculo que a vida me presenteia a cada oportunidade que tenho ao acordar.

Um dia que começou preguiçoso , com a cama me puxando para ficar e a minha cabeça no compromisso que tenho às 6h. Um dia com rotina até as 7:30h , acordando os músculos com pesinhos e explodindo ao som de Ivete Sangalo. Pro dia nascer feliz, essa é a vida que eu quis (Cazuza).

Pelas ruas da cidade, vi um rapaz se matando numa bicicleta com uma caixa tipo mochila, dessas que serve para carregar fast food, presa às costas e com horário marcado para entrega. Uma cena que me deixou em silêncio diante do tamanho do compromisso que aquele homem tinha com ele mesmo. Trabalho!

Hoje também foi dia de visitar uma linda criança com apenas 5 dias de vida externa, Beatriz, filha de Renata e Hugo, uma linda menina de que meus olhos não conseguiam se desviar. Nascimento!

No decorrer do dia, negócios, preços, mercadorias, trânsito, um pouco de cólica para quebrar a rotina, calor, sai do carro, entra no carro... Velocidade!

Logo mais à noite , recebo uma ligação de uma velha AMIGA informando que sua irmã fará uma cirurgia delicada, provavelmente com seqüelas. Precisamos de saúde!

Se os seus dias se resumem apenas à casa, família, filhos, àquele trabalho que nem sempre te dá prazer e você muitas vezes se pergunta: O que vim fazer aqui? Corra , porque tudo acontece enquanto você vai morrendo, enquanto sua mente cria desculpas de pau de sebo e você se transforma em ar, exatamente no momento que a flecha (aquela) passa por você.

A vida é curta. Curta!

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