23 de setembro de 2007

Quiabo é ESSE?


Depilação (versão masculina)


(Imaginem a cena)


Estava eu assistindo tv numa tarde de domingo, naquele horário em que não se pode inventar nada o que fazer, pois no outro dia é segunda-feira,quando minha esposa deitou ao meu lado e ficou brincando com minhas‘partes’.Após alguns minutos ela veio com a seguinte idéia: Por que não depilamosseus ovinhos, assim eu poderia fazer ‘outras coisas’ com eles.Aquela frase foi igual um sino na minha cabeça. Por alguns segundos fiqueiimaginando o que seriam ‘outras coisas’. Respondi que não, que doeria coisae tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de depilação eeu não tive mais como negar. Concordei. Ela me pediu que ficasse peladoenquanto buscaria os equipamentos necessários para tal feito.Fiquei olhando para TV, porém minha mente estava vagando pelas novassensações que só acordei quando escutei o beep do microondas. Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns pedaços de plástico.Achei meio estranho aqueles equipamentos, mas ela estava com um ar de ‘dona da situação’ que deixaria qualquer médico urologista sentindo-se comoresidente. Fiquei tranqüilo e autorizei o restante do processo. Pediu paraque eu ficasse numa posição de quase-frango-assado e liberasse o aceso azona do agrião. Pegou meus ovinhos como quem pega duas bolinhas deporcelana e começou a passar cera morna. Achei aquela sensaçãomaravilhosa!! O Sr. Pinto já estava todo ‘pimpão’ como quem diz: ’sou opróximo da fila’!! Pelo início, fiquei imaginando quais seriam as ‘outrascoisas’ que viriam. Após estarem completamente besuntados de cera, elaembrulhou ambos no plástico com tanto cuidado que eu achei que irialevá-los para viajem. Fiquei imaginando onde ela teria aprendido essatécnica de prazer: Na Thailândia, na China ou pela Internet mesmo. Porém,alguns segundos depois ela esticou o saquinho para um lado e deu um puxãorepentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um sonoroPUTAQUEOPARIU quase falado letra por letra. Olhei para o plástico para verse o couro do meu saco não tinha ficado grudado na cera. Ela disse queainda restaram alguns pelinhos, e que precisava passar de novo. Respondiprontamente: Se depender de mim eles vão ficar aí para a eternidade!!Segurei o Dr. Esquerdo e o Dr. Direito em minhas respectivas mãos, comoquem segura os últimos ovos da mais bela ave amazônica em extinção, e fuipara o banheiro. Sentia o coração bater nos ovos. Abri o chuveiro e foi aprimeira vez que eu molho o saco antes de molhar a cabeça. Passei algunsminutos só deixando a água escorrer pelo meu corpo. Saí do banho, masnesses momentos de dor qualquer homem vira um bebezinho novo: faz merda atrás de merda. Peguei meu gel pós barba com camomila ‘que acalma a pele’, enchi as mãos e passei nos ovos. Foi como se tivesse passado molho de pimenta. Sentei na privada, peguei a toalha de rosto e fiquei abanando osovos como quem abana um boxeador no 10° round. Olhei para meu pinto. Ele era tão alegrinho minutos atrás, estava tão pequeno que mais parecia que eu tinha saído de uma piscina 5 graus abaixo de zero. Nesse momento minha esposa bate na porta do banheiro e perguntou o que estava acontecendo.Aquela voz antes aveludada ficou igual um carrasco mandando eu entregar opresidente da revolução. Saí do banheiro e voltei para o quarto. Ela estavaargumentado que os pelos tinham saído pelas raízes, que demorariam voltar a nascer. ‘Pela espessura da pele do meu saco, meus netos irão nascer sempelos nos ovos’, respondi. Ela pediu para olhar como estavam. Eu falei paraolhar com meio metro de distância e sem tocar em nada!! Vesti a camiseta efui dormir (somente de camiseta). Naquele momento sexo para mim seriasomente para perpetuar a espécie humana. No outro dia pela manhã fui mearrumar para ir trabalhar. Os ovos estavam mais calmos, porém maisvermelhos que tomates maduros. Foi estranho sentir o vento bater em lugares nunca antes visitados. Tentei colocar a cueca, mas nada feito. Procurei alguma cueca de veludo e nada. Vesti a calça mais folgada que achei no armário e fui trabalhar sem cueca mesmo. Entrei na minha seção andando igual um cowboy cagado. Falei bom dia para todos, mas sem olhar nos olhos.E passei o dia inteiro trabalhando em pé com receio de encostar os tomatesmaduros em qualquer superfície. Resultado, certas coisas devem ser feitassomente pelas mulheres. Não adianta tentar misturar os universos masculinoe feminino.


Infelizmente desconheço o autor. Recebi exclusivamente para postar no blog.


Obrigada Rafael Galdino.

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