23 de setembro de 2007

O caFÉ acabou


O café, na maioria das vezes, é a minha segunda bebida nos dias em que prefiro leite ou quando me excedo no álcool. Primeira, quando sinto seu cheiro pela casa me despertando e dizendo: “Mais um dia de vida, garota.” Numa dessas manhãs você poderá não mais sentir esse aroma e, antes de pensar que o café acabou, você colherá um vazio plantado pela lembrança da ausência de alguém “importante”, mãe, pai, talvez da sua mulher, marido, melhor amigo e, provavelmente, um dia, do seu filho.Quando o café acaba não adianta ficar se preocupando com a marca do vinho, se a cama é king size ou de campanha, se demorou a tomar uma decisão, se viveu infeliz no casamento, se seu carro veste uma “alma sebosa”, se nasceu do pecado ou vive nele. Sua língua pode até falar outros idiomas, mas o sabor desse café ela não vai saber.Viva a vida de forma verdadeira e libertadora, trabalhe, pare de julgar o próximo, retoque as amarguras com sorrisos, ame e se deixe amar, arranque as máscaras, tenha bons amigos, vá ao médico e, se tentarem te pegar, corra!Semeie bem o seu café, cuide do seu plantio e faça uma boa colheita porque no final não sobrará nem a borra. As xícaras?! Vão ficar na pia para outra pessoa usar, ou melhor, lavar.

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