26 de outubro de 2009

Chuva












E foi assim que voltei pra casa: Sóbria, completamente lúcida, pisando nas poças de chuva, girando o corpo de braços abertos, com vontade de decorar o mundo com cortinas brancas.

Como um corpo ressequido que se estira num banho tépido.
Sentia um acréscimo de estima por si mesma,
E parecia-lhe que entrava enfim
Numa existência superiormente interessante
Onde cada hora tinha o seu encanto diferente
Cada passo conduzia a um êxtase
E a alma se cobria de um luxo radioso de sensações.

E foi assim que acordei: Feliz, me sentindo terra, chuva que precisa dela para ser sugada, árvore que se alimenta.

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