Enquanto arrumava meu cabelo pelas mãos de Fátima, minha poderosa cabeleireira, folheava uma "Claudia" de março de 2007.
Que dizia: Compreensão e solidariedade são ótimos para o amor e desastrosos para o desejo...
ALGUNS de nós entram numa ligação íntima profundamente conscientes de:
Nossa necessidade de união,
De estar junto,
De não estar só,
De não ser abandonado.
Outros chegam à relação com uma grande necessidade de espaço pessoal - nossa noção de defesa nos leva a tomar cuidado para não nos deixar engolir.
A ligação erótica e emocional cria uma proximidade que pode ser pertubadora, quase claustrofóbica.
Pode dar a sensação de invasão. O cercado, que antes dava segurança,agota asfixia. Embora seja quase tão fundamental quanto ade alimento, nossa necessidade de intimidade acarreta ansiedades e ameaças que podem inibir o desejo. Queremos intimidade, mas não a ponto de nos sentirmos presos. (...)
O AMOR gosta de saber tudo sobre você; o desejo precisa de mistério. O amor gosta de encurtar a distância que existe entre você e eu, enquanto o desejo é energizado por ela.
Se a intimidade cresce com a familiaridade, o erotismo se embota com a repetição. O erotismo gosta de surpresa. O amor tem a ver com ter; desejo, com querer. O desejo exige uma inatingibilidade constante. Muitas vezes, quando se acomodam nos confortos do amor, os casais deixam de abanar a chama do desejo. Esquecem-se de que o fogo precisa de oxigênio.
Sexo no cativeiro - Esther Perel
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