13 de setembro de 2008

Temperando a COMIDA



E aí, o que é que se faz com um coração dilacerado por falta de respostas que o remédio do tempo demora tanto a dá? Seraicul e Catupi

Eu ando pensando muito em duas criaturas adoráveis, ela muito mais do que ele, por ser minha amiga, claro!

Catupi com o futuro no prato, mas com o passado na lixeira da cozinha; tão perto, que desfrutar do prazer do que estar á sua frente se torna quase um bloqueio.

Uma pena mesmo que muitos casais estejam paralisados por coisas tão pequenas. De um lado a duvida de viver o óbvio, do outro a inércia por não enxergar que o óbvio é não viver a dúvida do outro.

A felicidade mora dentro de nós e não na posse da alegria que o outro proporciona, perder dias de estudos e projetos em andamento por causa de um assunto que já estar resolvido, não vale a pena.

Então querida Seraicul, ande, corra e mergulhe no amor que seu coração merece ter, um amor tão poderoso que transborda e acaba atingindo a todos que perto de ti chegarem; o seu amor próprio.

Cuidado, a vida te dará à mesma situação quantas vezes for necessária a tua aprendizagem, então, basta à primeira aula, não é?


Catupi,
"(...) procure, como se fosse o primeiro homem, dizer o que vê, vive, ama e perde.""(...) Se se agarrar à natureza, ao que ela tem de simples, à miudeza que quase ninguém vê e que tão inesperadamente se pode tornar grande e incomensurável; se possuir este amor ao insignificante; se procurar singelamente ganhar como um servidor a confiança daquilo que parece pobre — então tudo se lhe há de tornar fácil, harmonioso e, por assim dizer, reconciliador, — não talvez no intelecto, que ficará atrás espantado, mas sim na sua mais í­ntima consciência, que vigia e sabe. (...) ter paciência com tudo o que há para resolver em seu coração e procurar amar as próprias perguntas como quartos fechados ou livros escritos num idioma muito estrangeiro. Não busque por enquanto respostas que não lhe podem ser dadas, porque não as poderia viver. Pois trata-se precisamente de viver tudo. Viva por enquanto as perguntas. Talvez depois, aos poucos, sem que o perceba, num dia longí­nquo, consiga viver a resposta."(Rainer Maria Rilke. In: Cartas a um jovem poeta. Trad. Paulo Rónai. 24. ed. São Paulo: Globo, 1996.)

Porque a Vida é Curta. Curta!

Um comentário:

Anônimo disse...

A VIDA É CURTA... CURTA
Sabe ao que isso me remete minha querida amiga??? A intensidade, excesso, pressa... pressa por viver tudo, tudo o que possa ser de mais intenso, verdadeiro, prazeroso... a explosão... de alegria, mas também na mesma intensidade a da tristeza.
Quanta coisa boa pra ser vivida nessa curta vida!!! E como é difícil curtir esta curta vida!!!
Quero dar, quero gritar o que tenho de bom pro mundo... é tudo curto, rápido, tenho pressa... e o mundo parece não entender...
Fica cinzento o sol que me faz brigar pela vida, fica marrom o mar que me sempre foi verde, vivo alegre e renovado!!!
Sei que tudo isso é passageiro..!!!
A paixão também... nessa pressa a minha curta vida ainda tem espaços pra coisas do coração... ele pulsa, ele vive!

Mas como diz a música...Nunca é tarde pra te explicar o quer penso
.. vou aprender alguma coisa...
Minha história é bem descrita em fotos e versos
E o que eu cantei foi a verdade
Invento e descubro respostas
Pois hoje a vida tem a minha cara...