Poesia - "Minha"
És minha rainha do maracatu,
És minha rainha do maracatu,
Minha guerreira de lança,
Minha "baiana" de saia rodada,
Caboclinha,
És uma gola bordada do Mestre Calumbi,
Minha "Dona Maria Bonita",
Dona minha,Minha Ceci,
"Bailarina do sorriso largo",
Minha Pastorinha
Pastorinha minha,
Bela como vestido de cetim,em festa de reizado, imperial.
Minha sereia, Iara,
Minha negra,
Minha "nêga",
Teu coração, senzala,minha.
És alegre como a Ciranda praieira,
Soberana como Selma, aquela,
Do Coco de roda,
Roda em torno de ti meu instinto,
Intuitiva como Lia, que me deu a Ciranda,
Menina mimosa, formosa, dengosa,
Cobiçada.
Senhora,
Minha noiva de quadrilha,
Indispensável como sombrinha,pro passista de frevo,
Sombrinha em dia de sol,
Arrasta como Vassourinhas,
Deixa Saudade.
Minha, minha, minha.
Marcos Miliano - em 28.11.1997
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